02 de Novembro!
02 DE NOVEMBRO!
Hoje fui visita-los, me senti como se existisse realmente um
muro elevado de pedra, tal qual Muralha da China ou o Muro das Lamentações que
se divide com a Mesquita Al-Aqsa. Uma garoa gostosa amainava minha vontade de
permanecer ali, logo eu que nunca fui chegado a essas visitas.
Senti saudades, muitas saudades, senti saudade até de quem
eu nunca conheci ou não tenho recordações a não ser o seu sagrado caderno de
desenhos, que para mim era sim um santuário de beleza, cheiro e recordações que
nunca poderia existir, mas havia.
E tudo tão obscuro e a mente acelerada, o coração sentindo
vazios e me lembrei de uma música da Angela Ro Ro e Cazuza...Cobaias de Deus.
Me senti assim, em um laboratório...em um labirinto. Um
monte de perguntas sem respostas e eu sempre perguntando, elevo meus pensamentos
e penso no café da manhã, tão elevado esse pensamento, me senti novamente
humano uma cobaia branquela de Deus.
Naturalmente e como sempre me preencho e me esvazio, vou
tocando a vida entre os labirintos e as permissões de ir, voltar nunca.
Flores artificiais, flores artificiais, artifícios de
flores...
Artifícios sem fogos, cera derretendo, saudade permanecendo
e flores artificiais.
Tudo misturado com a garoa, com as cobaias perdidas andando,
eu perdido procurando...eu achado e perdido.
Se você quer saber, a alma está pronta para ser lisa
novamente, passada a ferro e esticada como roupa encharcada no varal. A garoa
não me molhou o suficiente.
A saudade sim, minhas flores artificiais permanecerão...mas,
meu amor esse é de verdade!
Aos meus pais, ao meu irmão, ao seu caderno de desenho...TE
AMO!