O tempo e as cinzas
Não sei se a paciência se antagoniza com o tempo ou se junta
a ele alongando os dias. Só sei que o tempo vai virando cinzas ou lembranças
amareladas em nossas vidas.
Sinto também que a paciência no outro extremo se estende
além da nossa compreensão e é como se estivesse interligados por uma
necessidade óbvia de sobrevivência.
Temo não ter tido a clareza de perceber essa necessidade, a
ansiedade tal qual armadilha mal sucedida, me toliu no total das horas e do
tempo que havia. Como uma grande boca, um buraco negro engoli essas cinzas
deixadas como rastro pelo tempo.
Vejo e percebo com novos sentidos, ouço com a devida
atenção, cada pauta dessa música nova, que a paciência tem trazido ao meu
coração.
Deixar o tempo atrelado à paciência é uma obediência a lei
natural do saber viver. Uma sabedoria que só a inutilidade do perigo da
ansiedade persiste em te ter, e ao se dar conta conseguimos renascer.
1 Comentários:
Parabéns!!! Ótimo aprendizado! Adorei !
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